E existe Educação Permanente nas práticas sociais, hoje?
Acho que não existe nas políticas públicas. Talvez a vontade de Educação de Adultos do António Costa a anuncie...
Nas práticas sociais do terreno existe sim senhor, e muito.
Pierre Furter (1983) punha de lado os conceitos de Educação Não Formal (intencionalidade educativa em práticas várias) e Educação Informal (criação de contextos educativos) para falar da criação de Espaços de Formação onde a educação difusa - dizia - acontece. E as políticas públicas deveriam enriquecer a educogenia nesses contextos.
E não é isso que se passa na maior parte dos Municípios do nosso país? E então se falarmos do movimento das Cidades Educadoras? e a Educação cívica, política, democrática não se desenvolve em contextos de Orçamento Participativo? E as Associações de Desenvolvimento Local não têm políticas expressas de educação permanente? E o Programa BIPZIP da Câmara de Lisboa não é um programa de educação permanente onde os cidadãos - homens, mulheres, jovens, crianças, seniores - tanto aprendem e tanto se desenvolvem?
E nas pequenas associações de bairro e de aldeia? e nos grupos informais que organizam saídas, espetáculos locais?
E o que acontece nas famílias quando um dos seus membros se envolve nestas atividades ou mesmo em Educação de Adultos?
Existe ou não Educação Permanente, criadora de cultura participativa?